Mídia e violencia
A Pedagogia Crítica como Agente Libertador da Cultura
------------------------------------------------- Fábio Souza da Cruz*
RESUMO: Esta investigação aborda a relação entre cultura midiática e “violência”. O trabalho é conduzido pelos pressupostos da Pedagogia Crítica da Mídia, de Douglas Kellner (2001). A “violência”, nesta pesquisa, deve ser entendida como a forma de banalização da informação produzida pelos meios de comunicação, ação esta que visa o lucro acima de tudo e corrobora para a manutenção da ordem vigente gerando, ao mesmo tempo, possibilidades de resistência e luta através de movimentos contra-hegemônicos.
Palavras-chave: Cultura da Mídia; “Violência”; Pedagogia Crítica da Mídia.
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INTRODUÇÃO
Este trabalho consiste em um estudo sobre a relação entre a cultura da mídia e a “violência”. A investigação será norteada pelos pressupostos teóricos do norte-americano Douglas Kellner, presentes em “A Cultura da Mídia” (2001).
Considerado um dos maiores representantes da corrente dos estudos culturais nos Estados Unidos, Kellner (2001) contempla, em suas investigações, os mais variados textos culturais, oriundos dos meios de comunicação, com o objetivo de elucidar tendências, conflitos, possibilidades e anseios históricos.
O termo “violência” deve ser entendido, aqui, como toda e qualquer forma de banalização da informação que é produzida pelos meios de comunicação, em particular pela televisão, com o objetivo maior de obter audiência. Neste sentido, averigua-se os pressupostos da Pedagogia Crítica da Mídia, proposta por Kellner (2001), como proposta de libertação das mentes receptoras.
1. Kellner e a Cultura da Mídia
Fortemente influenciado pela Ciência Social Crítica, a Escola de Frankfurt – sobretudo por Adorno – e os Estudos Culturais