Mênon
Disciplina: História da Filosofia Antiga I
Professor: João Cunha
Desenvolvimento do Método Dialético
Maria
O dialogo Mênon, como todos os outros diálogos de Sócrates termina em uma aporia, ou seja, não concluem seu raciocínio, pois levantam questões e as levam ao extremo da dialética.
De acordo com a tradição alétheia era uma verdade revelada, na maioria das vezes em forma de enigmas interpretados pelos oráculos e repassada aos mortais, não podendo ser discutida pelos mortais, pois se tratava de uma verdade absoluta. Com a insatisfação em relação a essas verdades surge a necessidade de entender tais mistérios, um novo método vem para auxiliar os filósofos: a dialética que seria implantada por Sócrates, o objetivo da dialética é de se atingir a “verdade”, porém essa “verdade” muda de conceito ao passar do tempo, pois os sofistas a tornam uma “arte de persuasão” para convencer seu interlocutor de uma determinada coisa mesmo que essa coisa não seja verdadeira, utilizando-a assim para se obter lucros, Sócrates, porém, a utiliza para tentar chegar a uma definição que esteja além do senso comum mais próxima possível dos deuses, o acesso pela verdade é dado pelo nous νους , para se alcançar, ou melhor, aproximar-se dela utiliza-se o objeto do conhecimento que é o eidos εἶδος, porém para conseguir obtê-la é necessário desprender-se do corpo eliminando a doxa δόξα que deforma seu verdadeiro sentido.
Na primeira parte do diálogo, Mênon pergunta se a virtude pode ser ensinada, então Sócrates utiliza a regra da essência, que consiste em definir a exigência essencial: o que é a virtude?Ao tentar defini-la surge o problema da definição: para se falar sobre a virtude primeiramente deve-se conhecê-la, assim ele aplica o método por hipóteses, surge a aporia sofística sobre a impossibilidade do conhecimento: se sabemos ou não sabemos; se já sabemos a busca é inútil, se não sabemos a busca se torna