Menon
Assim que começa o diálogo de Sócrates, em que a preocupação essencial é a virtude, Mênon pergunta de onde advém a virtude, qual sua origem e se ela é coisa que se ensina. Sócrates responde que os tessálios, ou seja, cidadãos da Tessália -região da Grécia- sempre tinham a resposta para todas as perguntas, não importando sobre quem ou sobre o que, mas que ali não era assim. Então retruca dizendo que está longe de achar uma resposta sobre o que é, de onde vem, e se pode ensinar-se a virtude. Sócrates então, acrescenta que sente-se em estado de pouquidade quando referente à virtude. Logo faz uma pergunta a Mênon, questionando-o se é possível saber que tipo de coisa é algo, sem ao menos saber que coisa é esta. E Mênon nega, afirmando não ser possível. Sócrates diz que ninguém até agora soube responder o que é a virtude, e então Mênon interfere indagando se ele não havia se encontrado com Górgias -filósofo e retórico grego-, e Sócrates diz que sim, mas não se recordava bem de suas palavras, e achava melhor deixá-lo fora do discurso, já que este não se encontrava presente naquele momento. Então Sócrates pergunta a Mênon se ele compreende o que é a virtude, e faz uma enumeração de virtudes do homem, as quais é fazer bem ao amigo e mal ao inimigo, e poupar-se de sofrer coisa parecida, e da mulher, que é administrar a casa, e ser obediente ao seu marido. Continua ele dizendo que cada qual tem uma virtude, que é diferente, e varia conforme a idade, a relação de trabalho, assim como o vício. Sócrates então usa do exemplo das abelhas para dizer-lhe que apesar das virtudes assumirem grandes variedade de formas, todas têm um caráter único, independente do sexo ou da força do ser. E então Sócrates usa vários exemplos de homens e mulheres, crianças e anciões, para chegar a conclusão de que a justiça é uma virtude, e Mênon intervêm, dizendo que não somente a justiça é uma virtude, mas também a coragem, a prudência, a sabedoria e outras. Sócrates não se satizfaz com a