Mutação seleção
1. MUTAÇÃO E SELEÇÃO
Toda a alteração do genótipo, que surge repentina e aleatoriamente é denominada mutação. Em consequência disso, sob esse nome estão incluídas tanto as alterações submicroscópicas do material genético, isto é, as alterações nas sequencias de bases do DNA, quanto às alterações do material genético visíveis ao microscópio, isto é, as aberrações cromossômicas. As alterações submicroscópicas do material genético, que são comumente chamadas de mutações gênicas, ocorrem durante a replicação do DNA, na fase S do ciclo celular, sem que sejam reparadas, podendo tornar-se, por isso, permanentes. As mutações gênicas, mesmo quando pontuais, isto é, resultantes da substituição de uma única base (púrica ou pirimídica), podem provocar alterações fenotípicas importantes. Não é difícil, pois, imaginar que as aberrações cromossômicas, por serem modificações mais grosseiras do material genético, notadas ao microscópio, possam ter efeitos dramáticos, ao provocar profunda desorganização da informação genética, que pode chegar a impedir a viabilidade do organismo no qual se manifestam. Essas anomalias do cariótipo são classificadas como numéricas, quando existe a adição ou a perda de cromossomos, e como estruturais (translocação, inversão, deficiência, duplicação) quando ocorrem rearranjos do material genético de um cromossomo ou entre cromossomos.
MUTAÇÕES ESPONTÂNEAS E INDUZIDAS.
As experiências com microrganismos revelaram que, mesmo em condições normais controladas de cultura, podem ocorrer mutações, as quais, por não terem causa aparente, são denominadas mutações espontâneas, para diferenciá-las daquelas que são provocadas por agentes mutagênicos e, por isso, denominadas mutações induzidas.
A verdade é que, a não ser em casos em que é possível controle laboratorial, dificilmente encontramos um ambiente desprovido de agentes mutagênicos, os quais incluem, principalmente, as