Musica atual
Com a proximidade do carnaval, resolvi trazer um assunto polêmico e que acarreta discussões acaloradas em qualquer roda de conversa. Algumas músicas de pagode e funk mancham a imagem da mulher? As mulheres ajudam a construir essa imagem de objeto? O pagode está enraizado na cultura baiana como o funk está na cultura carioca. É muito difícil você dar uma volta por Salvador e não ouvir um refrão de pagode seja no carro com autofalantes potentes, em alguma casa na vizinhança ou alguém cantarolando por aí. Nas rádios, na TV, nos shows é muito comum ver as bandas cantando seus refrões de duplo sentido e as mulheres – no palco ou na plateia – dançando em coreografias sensuais. Vejamos alguns exemplos:
“Rala a Tcheca no chão, rala a tcheca no chão…”.
“Me dá, me dá a patinha, me dá sua cachorrinha…”
“Vai ralando na boquinha da garrafa…”
“Superdotada chamando atenção… capô de fusca no chão!”
“A piriguete anda com o fio, todo enfiado”.
Dançar ao som dessas músicas, fazer coreografias sensuais pra muitas mulheres é totalmente normal. Tem pessoas que caracterizam isso como “existem músicas que são apenas para dançar, não é pra levar a letra a sério, a maldade está na cabeça dos outros”. Enquanto isso, outras mulheres questionam e acusam as outras de não se darem valor quando dançam ao som de um pagode, mas ao mesmo tempo, essas mesmas moças invadem as danceterias da cidade e rebolam ao som do hip hop americano, mal sabendo que as letras de determinadas músicas são cem vezes mais pesadas que as nossas conterrâneas:
“I, got a fetish for fuckin you witcha skirt on the backstreet in the back seat of the Yukon” (Tenho um fetiche de te comer com uma saia, num beco, no banco de trás de um Yukon) – Mesmerize, Ja Rule.
“cheat on ya man ma thats how you get ahizzead killin wit the b i know killas in da street with the steel to make you feel like chinchilla in the heat… when my niggas pay a vesta ain’t gonna pass me