Museu da língua portuguesa
Após a sua construção, o Teatro passou então a constituir um notável patrimônio cultural da cidade, tal patrimônio teve sua origem matricial na Europa, recebendo influência de diversos países, entre eles França, Itália, Alemanha, e principalmente Portugal, cujo povo foi responsável por apresentar ao Brasil a ideia do teatro como um passatempo a ser desfrutado com requinte.
Podemos, no entanto afirmar, que tal grandiosidade arquitetônica recebeu forte influência europeia, não podendo nos esquecer do contexto histórico em que o Brasil se encontrava, ou seja, todo o cenário artístico, social e cultural que envolvia traços da Belle Époque, um movimento onde perpassou o Realismo, o Impressionismo, o Simbolismo, o Pontilhismo e a Art Nouveau. Sendo assim, considerado um período cultural de “verdadeira” europeização dos hábitos e costumes de uma sociedade, tendo como maiores influências deste movimento cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
De acordo com o cenário brasileiro da época, os espetáculos que predominavam no Teatro Municipal eram todos de origem europeia, tendo como apresentação inaugural a ópera representada pela obra “Hamlet” do dramaturgo, escritor e poeta inglês Willian Shakespeare.
No entanto, dentro deste universo cultural da Belle Époque e de toda essa europeização, muitos brasileiros não tinham espaço para realizar apresentações de seus trabalhos, devido aos modos como eram conduzidos os espetáculos no Teatro. Mas essa situação mudou com a semana de Arte Moderna de 1922, um evento com música, dança, poesia e artes plásticas que teve como característica fundamental valorizar o Brasil e tudo que era produzido por brasileiros. O evento contou com a presença de Oswaldo de Andrade, Anita