Mundo sem mulheres
Estreou neste último domingo, dia 7 de abril de 2013, a nova série exibida pelo Fantástico, intitulada de “Mundo sem Mulheres”. Se a intenção da Rede Globo foi de mostrar que sem as mulheres os homens se sentem desolados porque estas são o alicerce familiar, o que ficou claro, na verdade, é que, as 11 mulheres selecionadas para participar do quadro, nada mais são do que 11 empregadas domésticas do seu próprio lar, visto que, o que se demonstrou foi grande desapego e falta de habilidade por parte dos homens no que diz respeito às atividades domésticas (lavar, passar, cozinhar, cuidar dos filhos) como se essa função fosse destinada, unicamente, ao gênero feminino.
Em pleno ano de 2013, não há mais o que se discutir em relação aos gêneros. Hoje, o que mais se evidencia é que o modelo familiar vem se modificando a cada momento. Os papéis anteriormente vinculados a um gênero específico são agora trocados ou divididos. Há homens que coziam, mulheres a frente de grandes empresas, homens que cuidam dos filhos enquanto mulheres saem para trabalhar e tantas outras transformações que consolidam um novo tempo em que não é o gênero que especifica que função você tem em sua família, em seu emprego, enfim, na sociedade.
Machista: é o termo ideal para a série. Observa-se no comentário dos apresentadores do Fantástico e do próprio apresentador do quadro, o ator Alexandre Borges (que acaba de ter feito o personagem “Cadinho” da novela “Avenida Brasil” no qual tinha três esposas ao mesmo tempo) que a partir daquele momento, as mulheres, ou melhor, as empregadas, teriam suas merecidas férias em um “spa” e que os homens, na ausência delas, em um primeiro momento, aproveitariam a “liberdade”, mas, logo que se dessem conta, estariam abarrotados de afazeres do lar. A mulher é colocada como imposição de ordem