A mulher no mundo globalizado
[Mão-de-obra barata produz confecções boas a preços baixos]
Mão-de-obra barata produz confecções boas a preços baixos
A globalização criou trabalho para milhões de pessoas no Terceiro Mundo e, ao mesmo tempo, proporcionou mais luxo nos países ricos, como frutas exóticas, sapatos e vestuários de boa qualidade a preços módicos. Mas a economia global também tem suas vítimas e, na maioria dos casos, são mulheres. Isto foi constatado numa pesquisa que a organização de desenvolvimento internacional Oxfam fez em 13 países emergentes e em desenvolvimento.
Ao apresentar o resultado do estudo baseado em entrevistas com quase mil empresários e encarregados de compras em várias partes do mundo, o representante da Oxfam na Alemanha, Jörn Kalinski, esclareceu que os custos e riscos são, via de regra, deslocados para o início das cadeias de abastecimento. As equipes de compradores, sobretudo de cadeias de supermercados e redes de vestuário, fazem pressão dura e obrigam os seus fornecedores a fazer entregas pontualmente e a preços mais baixos possíveis. Esta pressão é então lançada sobre as empregadas dos fornecedores.
Exploradas são arrimo de família - A Oxfam só examinou em sua pesquisa as grandes cadeias comerciais, como a norte-americana Wal-Mart, por exemplo. Só esta emprega indiretamente nos setores de têxteis e de produtos perecíveis aproximadamente 35 milhões de pessoas, das quais 80% são mulheres.
A maioria desta legião de mulheres alimenta sozinha a família, depois que os seus maridos perderam o trabalho em áreas tradicionais, como a agricultura ou a indústria. Isto mostra, segundo Kalinski em Berlim, o quanto é falso o argumento que se ouve com freqüência de que estaria sendo aberto um serviço adicional muito bem-vindo para as mulheres.
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