Mundializa O E Cultura
CAPITULO I
CULTURA E SOCIEDADE GLOBAL
De acordo com Renato Ortiz, sociedade global é assunto tratado por diversas disciplinas: economia, administração de empresas, relações internacionais. Faz parte da pauta da mídia, (jornais, revistas, televisão), e fazem falta estudos realmente reflexivos.
Existem os escritos dos governos e dos administradores de multinacionais: Aos governos importa defender os interesses de seus países competidores na arena geopolítica; as multinacionais interessa defender os lucros no mercado que se globalizou. Usam uma profusão de metáforas para descrever as transformações deste final de século: Alexander King: Primeira revolução mundial; Alvim Toffler: Terceira onda; Adam Shaff: Sociedade informática, entre outros. Elas revelam uma realidade emergente ainda fugidia nas ciências sociais. Sublinham a importância da tecnologia moderna na organização da vida dos homens. Já não seria mais a produção em massa que orientaria as estratégias comerciais, mas a exploração de mercados segmentados. Mas toda metáfora é um relato figurado, perde-se precisão conceitual.
O mundo dificilmente seria entendido como uma aldeia global. Não se pode esquecer que as técnicas se inserem nas condições objetivas da historia. Entre os homens que se comunicam nesta aldeia global existem tensões, interesses e disputas que os afastam de qualquer ideal comum (construído pela razão preguiçosa).
Dizer que as empresas orientam suas políticas no sentido de uma produção customizada (visando o gosto do cliente) capta uma face do que esta acontecendo e leva a associações indevidas. Por exemplo, a desmassificação do consumo é vista como a realização da liberdade individual, sinônimo de democracia. Se entendermos por globalização da tecnologia e da economia a internacionalização das trocas, de produtos e de conhecimento, não estamos diante de um fato original.
O mesmo pode ser dito da multinacionalização das empresas nacionais que operam em escala