Multidisciplinariedade
Dr. Cristiano: O contato para que uma visita domiciliar ocorra, não é realizado diretamente entre usuários-NASF. Os NASF não se constituem porta de entrada do sistema de saúde para os usuários do SUS. A necessidade ou não de uma visita domiciliar, é previamente analisada entre profissionais do NASF e Equipe Saúde da Família (ESF) responsável pela micro área onde tal usuário resida. Mensalmente temos reuniões com cada uma das equipes que “apoiamos” (apoio matricial), e nestas, discutimos os casos mais específicos encontrados no território. Após estudarmos tais casos, duas ações podem ser desencadeadas. A primeira, caso a equipe do NASF julgue que a própria ESF é capaz de dar conta das demandas de tal paciente, refere-se a capacitar técnico-pedagogicamente tal ESF, para que ela mesma intervenha no ambiente domiciliar do usuário, com suporte teórico dos profissionais do NASF. A segunda, caso a equipe do NASF identifique extrema necessidade da intervenção específica de um ou mais profissionais do NASF, denomina-se assistencial, e culmina em uma VD, muito bem discutida e negociada com tal equipe. Nas duas situações hipotéticas, se exemplifica como é realizado o apoio matricial às ESF, apoio que é a essência do trabalho da equipe do NASF. A comunidade toma ciência das ações do NASF por meio de diferentes mecanismos. Por meio do apoio matricial desenvolvido junto as ESF diretamente no território (nos diferentes grupos temáticos desenvolvidos pelas ESF na comunidade – HiperDia, Saúde Mental, Gestantes, Adolescentes, Caminhada, dentre outros); por meio das visitas domiciliares realizadas, bem como pela participação nos Conselhos Locais de Saúde.
Crefito-8. Uma vez definida a VD, quais os