Mulheres e seus processos identitários
Me proponho, juntamente com os leitores, olhar para a mulher e seus processos identitários. A mulher moderna, de multiplos papéis, interesses e humores. Desde a mulher executiva e empreendedora até a mulher consumidora, incansavelmente vaidosa e que busca o melhor para a sua família.
Meu post de “inauguração” é sobre o conceito #megapracima lançado no mês de março na campanha digital da Avon com dois filmes criados pela JWT, que de uma forma ousada se propõe a olhar para os dilemas cotidianos femininos.
Com os temas “solteira” e “quilinhos a mais”, os filmes usam o cotidiano e o questionamento pessoal para explorar o conceito de que assim como o próprio ato de passar a máscara, de baixo para cima, as mulheres também podem dar uma virada em situações menos favoráveis do seu dia a dia.
A linha entre a ousadia e a polêmica é sempre tênue. Na era da velocidade e do poder de compartilhamento das redes sociais, qualquer fagulha pode gerar um incêndio de proporções maiores para as marcas na web e dar o que falar.
Porém o que questiono é: qual é o olhar que as mulheres têm sobre si mesmas? Que nível de exigência de beleza, de relacionamento e sucesso temos – e têm – sobre nós? O filme muito criticado deixa a mensagem (mesmo que nas entrelinhas) de que pouco importa o brigadeiro que comemos ou o fora que levamos, estar bem com si mesma é que faz a diferença e traz toda significância do que é ser mulher nesse mundo contemporâneo e cheio de exigências e deveres que nos são impostos.
A cultura da beleza cobra, sem dúvida, um alto preço às mulheres. E não é só em dinheiro que esse preço é cobrado. É, também, em sacrifício e infelicidade.