Ruanda
Akila Keila,
Camila Franco,
Jéssica Inácio,
Marcela Machado,
Rafael Gonsalves,
Thayze Quintana.
Belo Horizonte
2014
Introdução
O objetivo deste trabalho é analisar as causas do genocídio de Ruanda que em apenas 100 dias dizimou cerca de 800 mil pessoas, embasado nas teorias de Política das Minorias de Pierre George, Conflitos Identitários de François Thual, e Conflitos Internos de Michael E. Brown. Para analisar as causas do conflito em Ruanda é preciso voltar na história desde o período da colonização. No período pré-colonial o povo de Ruanda vivia em harmonia, misturados, sem distinção e compartilhavam dos mesmos costumes. Até que em 1884, na Conferência de Berlim determinaram a divisão do Continente Africano, sendo que, as regiões de Ruanda e Burundi se tornariam colônias alemãs. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, essas regiões ficaram sobre o protetorado da Bélgica, que foram incumbidos de uma missão de “civilização e desenvolvimento” segundo a Liga das Nações. (PAULA, p. 27)
Os belgas decidiram então realizar um censo e classificaram os povos ruandeses por etnia, os Tutsis e os Hutus. Cada cidadão recebeu uma carteira de identidade que determinava sua raça. Os Tutsis eram considerados superiores aos Hutus, possuíam maior estatura, pele mais clara, e nariz e lábios finos, como os povos advindos do norte da África. Os belgas consideravam o povo Tutsi superior, determinaram que os cargos administrativos, políticos e militares seriam ocupados pelos Tutsis; também exigiram uma estatura mínima, desta forma impediam que os Hutus frequentassem as escolas. Opondo-se aos padrões estabelecidos os Hutus geralmente eram de estatura baixa, de pele mais escura, e se dedicavam a agricultura. O incentivo a discriminação e a rivalidade contribuíram para a segregação das classes sociais e divisão étnica que culminou no trágico genocídio de 1884. Naturalmente, os tutsis gostaram da ideia, durante cerca de 20 anos desfrutaram de