Mulher e Sociedade - Anita Garibaldi
Anita aparece num contexto de guerra por vezes romantizado pela literatura mas que não deixa de destacar o papel dela nos combates tanto no país quanto fora dele.
A historia de amor entre Anita Garibaldi e Giuseppe Garibaldi foi contada por Isidoro Giuliani em sua obra Vita e Opere di un Prete Garibaldino, de maneira a não diminuir a figura de anita como mulher, mostrando um general dependente de uma moça de origem pobre no momento em que a encontra pela primeira vez. “Contudo fui magnético na minha insolência. Havia atado um nó, decretado uma sentença que somente a morte poderia desfazer.”
A heroina catarinense deixou de lado toda a educação feminina imposta na época para seguir Giusepe sem sequer ser submissa a ele, todos os relatos trazem Anita como o braço direito de Giusepe se envolvendo até em situações de maior risco que o marido.
Giuseppe, contudo, é por vezes visto na historia como apenas um mercenário, e o carácter forte e corajoso de Anita não a deixa cair em rótulos para além da mulher que deixou todas as amarras que a figura feminina possuia naquele contexto, e que talvez ainda possua.
Anita morreu aos 27 anos, e deixou o legado de uma heroina de 2 mundos, o brasileiro e a italiano, é tema de poesias, romances, novelas e filmes. Não foi apenas pelo amor a Giuseppe que anita deixou tudo para tras, ela se apaixou tambem por esses ideais de liberdade. Anita está enterrada na colina de Gianicolo, em Roma, onde ambos são homenageados com estátuas eqüestres”.
Aqui no Brasil, o direito a voto das mulheres passou a ser defendido pelo político e jurista Assis Brasil quase um século depois, este que não foi um “presente” de Getúlio Vargas, foi resultado de uma luta intensa e de muita coragem, quando muitos perderam a vida pela volta do país ao Estado de Direito, com uma Constituição baseada na democrática, uma constiruição moderna. Então, Anita representa não só essa heroína dos dois mundos,