Maçonaria, Gênero e Política. Estereótipos femininos e construção de mitos cívicos na formação do ideario republicano latinoamericano.
Independencia de América Latina
Mesa de Trabalho III. Instituições, espaços privados e públicos.
Tema de estudo: Redes culturais e de sociabilidade: as mulheres durante os processos independentistas.
Maçonaria, Gênero e Política. Estereótipos femininos e construção de mitos cívicos na formação do ideario republicano latinoamericano.
Fernando da Silva Magalhães
Doutor em Educação pelo PROPEd/UERJ, professor pesquisador do Laboratório
Educação e República LER/UERJ - magallegal@ibest.com.br
Priscila Primo do Nascimento
Graduanda em Pedagogia pela UERJ; pesquisadora bolsista do Laboratório
Educação e República LER/UERJ - pris2123@gmail.com
RESUMO.
A partir da análise de quatro personagens femininas: Manuela Sáenz (1797-1856),
Maria Luisa Cáceres Díaz de Arismendi (1799-1866), Anita Garibaldi (1821-1849) e
Teresa Carreño (1853-1917), às quais se atribui a condição de maçonas, o presente artigo propõe estudar a participação, discursos, atuação e percursos destas mulheres que protagonizaram de algum modo os processos de independência e construção do ideário republicano das nações latino-americanas. Pretende-se aqui observar as estratégias que permitiram a inserção da imagem simbólica da mulher republicana (Carvalho, 1990), enquanto membro atuante da maçonaria feminina, ou aliada a maçons neste momento histórico, tendo como recorte a atuação da maçonaria no século XIX, delineamos sua construção histórica, características e mecanismos de acesso, enquanto espaço de sociabilidade, (Agulhon, 1984) influenciador de um ideário republicano e libertário. Além do aspecto político, elabora-se como hipótese que, na construção destes quatro estereótipos
(Moscovici, 2003), a maçonaria contribuirá para a construção de mitos cívicos de personagens femininas reivindicadoras, com atuação voltada para o ideário revolucionário, panamericanista, e, consequentemente, e, prol do combate ao
estado