Muito Prazer Antropologia Religiosa 19
SAVATER, Fernando. Ética para meu Filho, Cap. 8 – Muito Prazer. Editora Martins Fontes, 1998.
[1] Fernando Savater é um filósofo e escritor espanhol essencialmente dedicado à reflexão sobre a política. Irreverente em suas declarações revelou uma grande quantidade de trabalhos escritos em seus pontos de vista sobre questões como o nacionalismo, a natureza do poder ou a possibilidade de renovação da democracia. Savater é um escritor multifacetado, contraditório, servindo, ainda que sempre mantém a fidelidade de pelo menos duas constantes: marcar estilo e um espírito alegre, o coração, determinado.Entre seus trabalhos mais específicos incluem filosóficos objetos de pesquisa e vários mecanismos de política.1
[2] Ideias Principais do Texto
Moral e Imoralidade
O texto começa com um exemplo de uma “conduta imoral” em via pública, com um casal de namorados praticando, para alguns a imoralidade. Quando se fala de moral e, sobretudo, em imoralidade, 80% das vezes tratam-se de algum ato referente ao ato sexual. Claro que alguém pode comportar-se imoralmente no sexo, usando para prejudicar uma pessoa, por exemplo. Com a relação sexual pode-se estabelecer vínculos poderosos e complicações afetivas muito delicadas entre as pessoas, mas aquele que fornece prazer à dois e não prejudica ninguém não há nada de mau. Uma das funções importantes do sexo é a procriação, sendo uma consequência que não pode ser tomada levianamente, necessita de muita responsabilidade. A responsabilidade é o avesso inevitável da liberdade. Mas a experiência sexual não pode limitar-se simplesmente a função procriadora. Para aqueles que veem algo de “mau” ou de ilícito no sexo,dizem que se dedicar a ele com entusiasmo excessivo animaliza o homem, na verdade é que são justamente os animais que utilizam do sexo para procriar. Quanto mais se separa o sexo da procriação, menos animal e mais humana ela se torna. A obcessão sobre a imoralidade ainda expõe o medo do prazer. O prazer sexual é cercado