Mudanças no ensino de língua portuguesa
O ensino da Língua Portuguesa foi fortemente influenciado por acontecimentos históricos ocorridos no início da década de 70, como: A explosão da industrialização, que necessitava de mão-de-obra qualificada, o avanço midiático e da comunicação de massa no Terceiro Mundo, a Lei nº 5692/71 LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) estabelece a língua como “instrumento de comunicação e expressão do cultivo brasileiro e a implementação da Lei nº 5692/71, baseada na política “escola para todos” Com todos esses acontecimentos citados e as Leis da LDB implementadas, vemos a ampliação do acesso de vários níveis sociais na escola. O que gerou um novo perfil de alunos com novas culturas. Assim, as escolas tiveram a necessidade adequar-se à nova realidade. Segundo Pereira (s/d, p.9), alterado o perfil da escola existiu também a necessidade de adaptação dos currículos de 1º e 2º graus, que se organizaram em três áreas: “Comunicação e Expressão, Estudos Sociais e Ciências”, e, ainda, uma quarta área o ensino técnico, pois já preparava-se os alunos para a vida profissional. Comunicação e Expressão englobava a Língua Portuguesa, prezando a leitura de vários textos: científicos, de jornais, revistas em quadrinhos, propagandas. Nesta adequação a leitura voltou a ser valorizada, antes apenas usada em exercícios de oratória, como instrumento de comunicação. Com a reestruturação dos objetivos da disciplina e dos novos perfis dos docentes e discentes, diminui o beletrismo do ensino do português. Segundo Clare (2002), o ensino abordava textos jornalísticos e publicitários, textos literários eram praticamente ignorados, e também textos não-verbais, charges e histórias em quadrinhos. Clare, ainda diz que, o ensino é voltado para a oralidade, adequando-se a nova clientela. Assim, o ensino de gramática perde destaque, centrando-se na leitura e na escrita: A língua como instrumento de comunicação. Na teoria o processo de