mudança na taxa de cambio
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Introdução A taxa de câmbio é uma das variáveis mais relevantes da economia, especialmente para a economia brasileira, por ser uma economia emergente, exportadora de produtos baseados em recursos naturais, importadora de bens de capital e de insumos industriais, e por ter um mercado financeiro razoavelmente bem desenvolvido. Podemos, também, citar o fato da economia brasileira ter tido, até recentemente, grande parte da dívida pública indexada em moeda estrangeira (Dólar Americano) e ainda emitir no mercado internacional grande parte de títulos indexados em Dólar. A valorização cambial é, portanto, associada à piora nas contas externas, que em última análise se traduz numa crise no balanço de pagamentos em decorrência da piora dos indicadores externos de endividamento. Há, portanto, uma “armadilha” no processo de crescimento associada à valorização cambial e a deterioração das condições de competitividade externa. O efeito da valorização cambial sobre a estrutura produtiva da economia é outro elemento discutido por esta literatura. A conjuntura econômica recente – que combina ampla liquidez no mercado financeiro internacional e elevação dos preços das commodities exportadas por alguns países emergentes – tornou mais intensa a discussão sobre os efeitos de longo prazo da taxa de câmbio valorizada. (CURADO, M et AL) A ocorrência de superávits no balanço de pagamentos e a utilização da taxa de câmbio como um elemento relevante na estratégia de desenvolvimento econômico de um amplo conjunto de economias emergentes nos últimos anos evidenciaram a importância do câmbio e de suas flutuações para a economia. Contudo, a diversidade e complexidade de sua estrutura produtiva, associada a grande heterogeneidade regional, pode tornar muito difícil avaliar os efeitos de alterações na taxa de câmbio sobre o conjunto destas economias. Historicamente, temos uma desvalorização cambial ocorrida no Brasil em 1999, quando houve mudança do regime fixo para o