MOVIMENTOS SOCIAIS E DIREITOS HUMANOS: PRÁTICAS E VIVÊNCIAS DE EDUCAÇÃO POPULAR COMO BASE DE NOVAS RELAÇÕES.
PRÁTICAS E VIVÊNCIAS DE EDUCAÇÃO POPULAR
COMO BASE DE NOVAS RELAÇÕES.
Simone Fonseca1
Resumo: Trata-se de uma reflexão teórico-metodológica acerca da contribuição da educação popular e dos movimentos sociais na defesa e garantia dos direitos humanos. Prioriza-se alguns processos históricos nos quais inscreve-se estratégias sócio-políticas para a efetivação de uma lógica social que prioriza a inclusão, a interculturalidade e a valorização da cultura popular. Sinaliza para a relevância dos processos organizativos na construção dessa nova lógica, e considera a educação popular como uma construção social e, ao mesmo tempo, uma possibilidade para a desconstrução da condição de subalternidade em que vivem expressivos contingentes de segmentos populares. Situa-se recortes territoriais das realidades Amazônidas brasileira e sujeitos que têm protagonizado movimentos de mudanças nos universos culturais diversos e que têm dinamizado debates, dentre os quais inclui-se o tema central desse artigo. Destaca-se a contribuição histórica dos movimentos sociais na defesa e garantia de direitos humanos e na possibilidade concreta da sociedade civil construir novas relações baseadas na perspectiva ético-emancipatória. Revela-se a experiência da Unipop na materialização dessa contribuição na Amazônia.
Palavras-chave: Direitos humanos; educação popular; movimentos sociais.
1. Considerações Iniciais
As reflexões acerca da contribuição da educação popular e dos movimentos sociais na defesa e garantia dos direitos humanos trazem como imperativo a necessidade de (re) situar-se o papel assumido pela educação no campo epistemológico e, sobretudo, prático e político. A intenção volta-se à necessidade de conceber o ser humano sob uma nova perspectiva, como sujeito histórico, que atua como agente ativo na construção de um novo desenvolvimento e de novas relações, que tenha como base a organização e fortalecimento da sociedade. O campo