MOVIMENTOS SOCIAIS 1
Partindo de uma construção coletiva, de lutas e conquistas de grupos e trabalhadores que vivenciaram situações de desigualdade social e condições de exploração diversas, é que as ações coletivas e democráticas alcançam objetivos que direcionam para melhores condições de vida e para a dignidade e garantia de direitos humanos.
Gohn (1985, p. 46) diz que: “Os movimentos sociais se expressam através de um conjunto de práticas sociais nas quais os conflitos, as contradições e os antagonismos existentes na sociedade constituem o móvel básico das ações desenvolvidas”.
Podemos entender que a autora apresenta sua conceituação vislumbrando as ações que são desenvolvidas como um processo de criação de identidades em espaços coletivos, não institucionalizados, provocando transformações na sociedade, independentemente de sua característica, seja conservador ou progressista.
Historicamente, no início do século XX, o entendimento de movimentos sociais era considerado a organização e a ação dos trabalhadores em sindicatos, e foco de estudos pelas Ciências Sociais, após a década de 60, os significados constituíram-se com um embasamento e consistência teórica, enquanto objeto da Sociologia
Os movimentos sociais são provenientes de projetos coletivos e partem de um eixo de referência em busca de solução para um problema, para transformar uma situação ou retornar a uma situação que era mais favorável à população.
Os movimentos populares tiveram seu reconhecimento a partir da vivência de sujeitos sociais que politizaram alguns espaços de lutas.
Um movimento social organizado requer a demanda à mobilização de recursos e pessoas muito engajadas e comprometidas.
Os movimentos sociais não se limitam a manifestações públicas esporádicas, mas sim de organizações que sistematicamente atuam para alcançar seus objetivos, devendo ser organizados e de caráter permanente unidos por objetivos e propósitos coletivos.
Na América Latina, os movimentos sociais