Os anos 60 são de predomínio do reformismo e as lutas operárias eram hegemonizadas por setores operários ligados ao PTB. Após imensas manifestações grevistas realizou-se o III Congresso Sindical Nacional, onde buscava-se uma única organização nacional de coordenação da luta sindical: o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT). O CGT tinha o predomínio das posições reformistas e mantinha um contato estreito com o governo, principalmente com o governo João Goulart. Nesse período, o Pacto de Unidade e Ação (PUA), intersindical que congregava os trabalhadores portuários, marítimos e ferroviários, teve intensa atuação. Em 1960, o CGT teve marcante participação na Greve da Paridade, em que 400.000 trabalhadores civis paralisaram os transportes marítimo, ferroviário e portuário em todo o país, exigindo a equiparação salarial aos militares. Também em 1962 teve grande importância política na greve geral que reivindicava, dentre outras questões, a revogação da Lei de Segurança Nacional, concessão do direito de greve, aumento salarial de 100%, reforma agrária radical, imediato congelamento de preço dos gêneros de primeira necessidade, aplicação rigorosa da Lei que controlava a Remessa de Lucros para o exterior e direito de organização sindical aos camponeses.Graças as grandes mobilizações operárias e greves que sacudiam o país, no dia 13 de julho de 1962, foi instituída em lei (n.º: 4.090), a conquista do o 13º salário ou gratificação de Natal, durante o governo João Goulart. As greves se sucediam com rapidez. Em 1963 a célebre greve dos 700.000 que, entre outras reivindicações, pretendia a unificação da data-base dos acordos salariais, com o fim de evitar que os reajustes fossem realizados em épocas diferentes para as várias categorias. Se esta reivindicação tivesse sido vitoriosa significaria uma mudança importante na legislação sindical vigente desde o Estado Novo. Apesar disso a greve conseguiu outras vitórias, obtendo 80% de aumento para todos os trabalhadores, além de