Movimento de projéteis
Para discutir o movimento de projéteis em duas dimensões, vamos considerar duas situações: lançamento horizontal e lançamento oblíquo.
Lançamento Horizontal
Vamos considerar um avião que se desloca na horizontal com velocidade vH constante num referencial fixo no solo. Num dado momento, um pacote é abandonado do avião (Fig.26). Vamos considerar que a resistência do ar sobre o pacote pode ser desprezada. No referencial R*, fixo no avião, o pacote se desloca em queda livre. A sua trajetória é uma linha reta vertical.
No referencial R, fixo no solo, o avião se desloca em MRU com velocidade vH.
Nesse referencial, a trajetória do pacote é uma parábola. O vetor velocidade do pacote em cada instante de tempo pode ser considerado como a soma de dois vetores, um vetor velocidade horizontal e um vetor velocidade vertical. A componente horizontal é igual à velocidade do avião. A componente vertical é igual à velocidade que teria o pacote se o seu movimento fosse unicamente de queda livre.
Todo movimento em duas dimensões pode ser decomposto em dois movimentos unidimensionais ortogonais. Do mesmo modo, a composição de dois movimentos unidimensionais ortogonais gera um movimento em duas dimensões.
A composição de dois movimentos ortogonais para gerar um movimento plano e a decomposição de um movimento plano em dois movimentos ortogonais devem ser feitas segundo as regras do cálculo de vetores.
Exemplo
Consideremos o referencial R fixo no solo e o eixo X com direção vertical, sentido de baixo para cima e zero no solo.
Grupo de Ensino de Física da Universidade Federal de Santa Maria
Vamos supor que o avião se desloque a uma altitude de 320 m com velocidade de módulo igual a 50m/s. Esse também é o valor do módulo da componente horizontal da velocidade do pacote.
O tempo de queda do pacote pode ser calculado levando em conta que o seu movimento vertical é de queda livre, isto é, um MRUV com aceleração constante de módulo g = 10 m/s2, e levando em conta