Motivação empresarial
A preocupação dos gestores com a motivação, tal como se conhece hoje, é relativamente recente. De acordo com Steers e Porter (1975), antes da
Revolução Industrial, a motivação tinha a forma de medo de punição – física, financeira ou social. Entretanto, à medida que as indústrias de larga escala tomaram o lugar das organizações artesanais, destruindo formas sociais e de troca nas relações profissionais e demandando maior complexidade, os processos de interação entre os trabalhadores e seus patrões foram substituidos por formas frias e tênues de relacionamento entre trabalhadores e empresas.
Essa mudança acarretou alterações nos padrões exigidos para a eficiência e o retorno dos investimentos, ocasionando transformações nas relações de trabalho. A força trabalhadora precisava, a partir de então, ser também mais eficiente e lidar com uma supervisão distante e impessoal. Essas mudanças originaram uma nova filosofia de gestão, na qual muitos fatores motivacionais intrínsecos foram substituídos por extrinsecos, conhecida como
Administração Científica.
A administração científica, fundamentada em um modelo caracterizado como tradicional e muito bem definida pelos escritos de Frederick Taylor em 1911, retira do trabalhador o problema pelo bom ou mau desempenho e eficiência, e coloca a responsabilidade sobre o supervisor. É esperado do gerente que preencha cada posição de trabalho com o mais adequado trabalhador, forneça treinamento e exerça o controle para garantir resultados. Uma vez atingidos, o gestor deverá recompensar os trabalhadores com um bom programa de remuneração, que os induza a produzir sempre mais, mais rápido e melhor. O modelo tradicional fundamenta-se na seguinte percepção da natureza humana: Os trabalhadores são vistos como mercenários preguiçosos, sem ambições de crescimento profissional. A natureza do trabalho deve ser simples, repetitiva e fácil de controlar.
À medida que o modelo