Motiva O Self CO
2013/2014
1.Introdução
A motivação é, seguramente, um dos conceitos mais importantes ao nível do diagnóstico organizacional. Encontra-se associado a dimensões organizacionais relevantes e assegura a estabilidade e produtividade das empesas. Segundo alguns autores (Cruz, Costa, Rodrigues, & Ribeiro, 1988; Matos & Cruz, 1997), a sua definição parece pressupor a existência de um fenómeno individual, intencional e sujeito a variações específicas que influenciam os comportamentos. Neste âmbito, a motivação promove um conjunto de comportamentos que leva o individuo para a ação. Surge ainda como um fenómeno multifacetado que é abordado mediante várias perspetiva teóricas. Ao longo dos tempos tem vindo a assistir-se a um aparente conflito entre teorias da motivação (Weiner, 1989). Apesar de tudo, durante as últimas décadas, observou-se o surgimento de várias teorias da motivação que remetem para a identificação dos fatores pessoais desencadeadores da motivação das pessoas (Austin
& Klein, 1996). Esta situação associa-se a um crescente interesse de académicos e profissionais pelo tema, que demonstra ter cada vez mais relevância no contexto das organizações. De todas as perspetivas existentes, ressalva-se o facto comum de, os modelos denotarem um caráter preditivo sobre os comportamentos. Neste sentido, emergem esforços cada vez maiores para compreender a génese da motivação, bem como, os contextos que permitem o seu surgimento (Ferris & Rowland, 1991; Weiner,
1989).
No caso Português, parece haver alguma desconsideração face à importância da motivação na vida dos trabalhadores. Um estudo conduzido pela Deloitte e pela
Economist Intelligence Unit, envolvendo 30 grandes empresas, revela que em apenas um caso a motivação surge como uma prioridade ou referência na gestão dos recursos humanos. Este estudo revela que a aposta das nossas empresas vai essencialmente
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Motivação & Self
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para os ativos tangíveis, e não para fatores intangíveis que