Psicologia educação
Autoconceito
Perspectiva histórica – 3 correntes
1ª corrente - William James (1890)
James (1890), define auto-conceito como o conjunto de tudo o que o indivíduo pode chamar seu, não só seu cor-po e capacidades físicas, mas também seus pertences, amigos, parentes e seu trabalho. Para James, o self é tudo aquilo que pode "ser chamado de meu ou fazer parte de mim". O self possui uma propriedade reflexiva, uma dua-lidade do que é Eu/“I” (o indivíduo que observa) e Mim/Meu/“Me” (indivíduo observado, o que pertence ao in-divíduo). O “I” refere-se à consciência sobre o que se está a pensar, ou a consciência do que se percebe em relação aos aspectos e processos físicos, enquanto o “Me” é mais subjectivo, é um fenómeno psicológico e refere-se às ideias que as pessoas têm sobre como são e o que gostariam de ser. “A personalidade implica a incessante presença de dois elementos, a pessoa objectiva, conhecida por um pen-samento subjectivo” O autoconceito distingue o sujeito das suas características, o sujeito que observa do sujeito observado, o que uma pessoa sabe sobre si própria é determinado pelas características do “I” e do ME”
Esta distinção é importante para se perceber que o que uma pessoa diz sobre si não depende apenas do que ela é mas também das suas competências, do que lhe permite auto-descrever-se.
Multidimensionalidade do autoconceito
O autoconceito é constituído por diferentes domínios/aspectos do “Me”:
1º. Self Espiritual – valores, forma como orientamos a nossa vida, imagem e identidade do self.
2º. Self Material – aquilo que as pessoas têm, os bens materiais, self-somático e self-possessivo.
3º. Self Social – constituído pelas relações que a pessoa estabelece, preocupações e atitudes sociais.
Segundo James, há uma hierarquia de importância entre os diferentes domínios. Hoje em dia, de acordo com a evidência empírica, o aspecto físico (self material) é o mais importante para que as pessoas se sintam bem.