Moscou: Um sonho cruel
Ramon é um menino de 20 anos que resolve se mudar para Moscou sem os seus pais. Numa tarde fria de quinta-feira ele foge de casa, em Novosibirsk, com a finalidade de realizar o seu sonho. Abrindo mão de amigos e familiares, Ramon deixa um bilhete sobre sua cama que dizia: - Eu amo vocês. - Pegou algumas roupas, toda sua mesada e partiu em um trem para a cidade do Kremlin. Ao embarcar no trem, Ramon conhece Alla Petrova, uma moça que sorria com os olhos e tinha cabelos dourados e esvoaçantes. Alla oferece ajuda a Ramon, já que ela conhece Moscou como a palma da mão. No entanto, Ramon jamais imaginaria a cilada em que estava entrando ao deixar Petrova invadir sua aventura. Ao chegar na capital da Rússia, Alla furta todos os pertences de Ramon, o leva para um galpão escuro e o deixa sozinho e abandonado. Ramon, com fome e frio, tenta buscar ajuda nas ruas escuras daquela cidade tão grande e, sem saber aonde ir, encontra um palácio onde acontecia uma festa. Sem pensar duas vezes, ele entra escondido no palácio em busca de comida e agasalhos, mas é pego por Dimitr Shumkhov, um czar primo de Petrova. Sempre muito generoso, Shumkhov empresta roupas e dá comida para Ramon e o leva para o salão da festa. Eles dançam, bebem e se divertem como se fossem velhos amigos. Era um momento importante para Ramon esquecer o que aconteceu na noite branca de neve. No dia seguinte Ramon acorda um pouco tonto por causa do álcool e se depara com Petrova segurando uma tesoura e apontando-a para o seu peito.
- Socorro, socorro! – Grita Ramon desesperadamente.
Dimitr sem entender nada, segura Alla pelos braços, detendo seu ato de crueldade enquanto Ramon fugia de toda aquela confusão que o cercava. Assustado e sonolento, o nativo de Novosibirsk pega carona com um velho desconhecido até o centro da cidade e no caminho acaba adormecendo.
- Menino, menino, chegamos ao seu destino! – Dizia o senhor bem baixinho. – Acorde!
Ao acordar, Ramon