Mortes Por Envenenamento
Para este crime se dar como existente não é necessária à morte da vítima. Por isso a tentativa é já a consumação do crime. Todavia, o envenenamento pode não constituir crime e traduzir um caso de suicídio ou simples acidente. As mortes por envenenamento têm sido frequentemente atribuídas a suicídio ou acidente, especialmente quando a vítima consome regularmente drogas, por receita médica ou para alcançar estimulação.
Dois tipos:
Intoxicação com monóxido de carbono
Proveniente de fogões, esquentadores, escapes de automóveis. A sintomatologia traduz-se em náuseas e vómitos, seguindo-se paralisia dos movimentos, sonolência e morte. As vítimas apresentam descoloração da pele e livores rosados. A análise para a detecção de monóxido incide sobre o sangue. Conhecem-se casos de suicídio, mas são raras as intoxicações por intervenção criminosa.
Intoxicação com arsénio
Arsénio: elemento mineral que faz parte da composição de pesticidas. Pó branco, facilmente solúvel em açúcar e farinha.
Os sinais são: descamação da pele, unhas quebradiças e estriadas, queda de cabelo, etc. Assim, as unhas e o cabelo, resistindo para além da putrefacção do corpo, viabilizam as possibilidades de detecção.
Devido à fácil aquisição no mercado (em raticidas e inseticidas) é frequente a sua utilização em suicídios e homicídio, sendo responsável por inúmeras situações acidentais. O arsénio permanece no corpo durante largo tempo e é possível determinar a sua presença em cadáveres.
O mesmo se pode dizer relativamente a outro produto tóxico: paratião (inseticida Organofosforados), em cuja morte os livores adquirem uma cor característica, cinzenta acastanhada.
Esta forma de envenenamento está associada a crises sentimentais das vítimas, normalmente mulheres. Outra forma de intoxicação procurada por suicidas (também acidente, e em pequena escala, crime) é o envenenamento por gás.
ENVENENAMENTO: ACTOS A DILIGENCIAR E ATENDER
- Em situações suicidas a frequência