morte e vida - bioética
Questionamentos éticos no início e no final da vida
Existem diversas vertentes que relacionam o tema de início e fim da vida.
A abordam tradicional defende a existência da vida-pessoa, desde a fecundação até a morte. Tal abordagem é adotada pela Igreja Católica Apostólica Romana e pelo Código Penal Brasileiro (teoria concepcionista). Já a abordagem biológica, ou da humanização adiada, sustenta que a vida-pessoa não esta presente a partir da fecundação, e sim a partir de momentos posteriores como a nidação e cerebralização. A nidação dá-se aproximadamente do 7º ao 8º dia de fecundação e a cerebralização ocorre por volta do 40º dia.
A abordagem antropológico-fenomenológica aponta que a vida-pessoal depende da aprovação da comunidade. Isto porque o ser humano é constituído por uma rede de relacionamentos. A vida-pessoa depende da aprovação de um grupo, que aceita ou não o novo ser.Algumas comunidades como esquimós e indígenas aceitam tal abordagem.
Já a morte sempre foi um mistério, pois a questão mais séria. Além de defini-la, é estabelecer o momento de sua presença. A morte antigamente era descrita como sendo um processo com os seguintes estágios:
Parada cardíaca: morte clínica;
Parada neurológica: perda dos reflexos e da sensibilidade;
Parada dos centros bulbares: morte real;
Autólise dos tecidos: morte biológica.
Nesse processo, o ponto fundamental é a parada cardíaca. As demais paradas, inclusive a cerebral, são uma decorrência.
Na atual conjuntura a determinação da presença de morte é dada a partir da parada irreversível da atividade cerebral.
Oficialmente, agir enfermeiro é guiado pela teoria tradicional, além do código penal, o próprio código de ética de enfermagem diz: “são deveres do enfermeiro: respeitar a vida humana desde a ua concepção até a morte...”.