Bioética, Morte e Morrer
Desde o nascimento até o fim da existência humana, o cuidar faz parte de uma das principais necessidades no processo da vida, portanto promover o bem estar é primordial para pacientes que estão vivenciando a experiência da fase terminal de sua vida, onde é preciso reconhecer as possibilidades ou até mesmo as limitações deste processo, sempre garantindo enquanto há vida, o cuidado necessário para o alivio do sofrimento.1
Contudo a morte sempre foi um mistério mesmo sendo parte da vida integral e previsível como o nascer. A ideia da morte é difícil de ser aceita, pois a mesma simboliza vulnerabilidade, produzindo uma sensação de insegurança e desamparo. Em nossa sociedade moderna este medo tornou-se maior, onde se coloca a juventude, a tecnologia e os bens materiais em maior importância esquecendo-se que como diz o livro do Eclesiastes, há um ¨tempo de nascer e um tempo de morrer¨.2
O homem é a única criatura que possui consciência do seu fim, contudo a morte não é um tema de fácil abordagem onde esta definição tem sido alvo ao longo do tempo de vários debates.3
Sendo assim, buscou-se amparo na reflexão bioética que em grego significa bios-vida e ética-conjunto de valores que tem como objetivo a felicidade do homem, trazendo para este campo discussões sobre a dignidade no morrer, abordagem do paciente terminal e cuidados paliativos, transplante de orgãos avançando bioeticamente sobre a discussão da terminalidade da vida, tratando-se do direito de não ser abandonado pela família, pelo seu médico, recebendo por direito o tratamento necessário para o alivio do sofrimento.14,4
No processo de morrer se faz presente aspectos como o sofrimento e a importância da qualidade da vida enquanto há, uma das questões levantadas é a eutanásia, como no caso de uma pessoa que pede auxilio para morrer a fim de livrar-se de um sofrimento extremo. A eutanásia ainda é considerada no Brasil como homicídio, por conta do óbito como definição, trazendo um problema