Morte de magueiras
Autor(es): Selma Cavalcanti Cruz de Holanda Tavares
A sintomatologia da morte descendente, cujo agente causal é Lasiodiplodia theobromae, pode iniciar nos ponteiros da copa, principalmente na panícula da frutificação anterior, progredindo para os ramos, atingindo as gemas vegetativas, que reagem com a produção de exsudados gomosos de coloração clara a escura. Observa-se também morte de ramos com folhas de coloração palha e com pecíolo necrosado. A penetração nas folhas também pode ocorrer através das bordas, causando necrose de cor palha com halo escuro. Nos ramos podados e sem proteção, a podridão acontece iniciando pelo ferimento, avançando de forma progressiva e contínua, podendo, também, observar-se necrose e abortamento de flores e de frutos. Nos ramos mais grossos e no tronco, a infecção acontece de fora para dentro do lenho, iniciando nas rachaduras naturais do tronco e das bifurcações e sob o córtex, onde são observadas lesões escuras, que progridem para o interior do lenho, causando anelamento do órgão afetado, sobrevindo a morte da planta.
Fig. 1. Sintomas de morte descendente em folhas, tronco e frutos. Foto: Embrapa Semi-Árido.
Fig. 2. Sintomas de morte descendente em folhas, tronco e frutos. Foto: Daniela Lopes.
Fig. 3. Sintomas de morte descendente em folhas, tronco e frutos. Foto: Embrapa Semi-Árido.
Através de levantamentos da predisponibilidade da planta ao fungo na região e estudos de proteção e controle realizados pela Embrapa Semi-Árido, verificou-se que os cuidados com a sanidade do pomar em relação a esse fungo necessitam ser preventivos e em conjunto. Para tanto, os mangicultores da região precisariam implantar, em seu calendário de rotina, as práticas integradas listadas a seguir, que incluem medidas culturais, químicas e de monitoramento.
Medidas culturais
Estabelecer as podas de limpeza após a colheita, eliminando-se os ponteiros ou panículas da produção anterior.