Morgenthau A politica entre as naçoes
MORGENTHAU, Hans J. (2003). A Política Entre as Nações. A luta pelo poder e pela paz. Brasília. Editora UNB. Cap. 1 (Uma teoria realista da Política Internacional) (pp. 3-28).
Escolha e assinale uma das questões abaixo a ser respondida:
1) Qual o papel da moral, da política, da prudência e da ética na determinação da política internacional para Morgenthau?
2) Para Morgenthau, qual a diferença entre racionalidade (racionalismo) e realismo e quais as implicações dessa diferença para a compreensão da política externa de um país?
Resposta
2)
Hans J. Morgenthau, no capítulo 1 de sua obra A Política Entre as Nações, expõe a proposta do livro de apresentar uma teoria sobre política internacional e enfatiza que a ” matéria suscitada por essa teoria diz respeito à natureza de qualquer política”.
Para o autor, a história do pensamento político moderno é marcada pela “contenda entre duas escolas doutrinárias que diferem fundamentalmente em suas concepções sobre a natureza do homem, da sociedade e da política”. Compreende-se, portanto, que a disputa em torno dos paradigmas da ciência política tem como pano de fundo visões ontológicas diferentes sobre a própria natureza humana, sobre os elementos que pesam na decisões dos atores políticos (sejam estes os homens, no exercício da política, como também, por extensão, os Estados, na política internacional).
Uma das escolas, a racionalista, concebe as dificuldades para a cooperação e para a construção de uma ordem política e social harmoniosa, seja ao nível doméstico ou ao internacional, como uma derivação da “falta de conhecimento”, da “ignorância”, da degeneração ou depravação de instituições, indivíduos ou grupos isolados. Trata-se de uma tendência reformista, que visualiza na educação um instrumento para a ascensão a uma ordem política baseada na razão e em valores morais abstratos e universais, e que pressupõe a “retidão inerente e a maleabilidade da natureza humana”. Métodos