Resumo Crítico: Morgenthau
A POLÍTICA ENTRE AS NAÇÕES
HANS MORGENTHAU
Grande teórico das Relações Internacionais, Hans Morgenthau, autor de A Política Entre as Nações (1948) contribuiu imensamente para a base teórica da área e para o estudo do direito internacional. Morgenthau, através de sua obra, explorou a visão realista, retomando outro teórico importante da área, Edward Carr, e analisando, principalmente, a política externa dos Estados Unidos procurando orientá-la no contexto internacional da época, este caracterizado pela bipolaridade da Guerra Fria. Logo no início de sua obra, Política Entre as Nações, o autor busca apresentar ao leitor aquilo que o próprio título do capítulo diz: uma teoria realista da política internacional. Morgenthau especifica que seu objetivo é apresentar uma teoria que deve ser testada para garantir sua veracidade, e que abranja e dê ordem a fenômenos da esfera internacional. O autor é guiado pelo questionamento da coerência entre a teoria e os fatos. Ele apresenta em seguida o que acredita serem os seis princípios do realismo político, guiando assim, os rumos iniciais de sua obra. O primeiro princípio abordado pelo autor é a necessidade de compreender as leis que regem uma sociedade, as mesmas tendo suas raízes na natureza humana. Morgenthau argumenta que uma teoria política, para ser considerada relevante, deve ser racional e dotada de experiência. O realismo, segundo ele, busca dar sentido aos fatos através da razão. Utilizando como exemplo a política externa, o autor crê que a natureza da mesma só pode ser definida por meio da análise das ações políticas e das consequências dessas ações, sendo assim, possível definir os propósitos originais do agente. Morgenthau a seguir expõe a importância do conceito de interesse no sentido de poder para o realismo na política internacional. Através da observação da tomada de decisões de um líder político, é possível perceber a relevância da busca pelo poder e compreender melhor o âmbito