Moralidade, etica e religiao
Prof. Dr. Marcos de Almeida
É possível que haj a um a m oralidade sem religião? É necessário exist ir um deus ou deuses de m odo a que isso se t orne indispensável para a m oralidade? O fat o de que algum as pessoas não são religiosas, as im pedem de ser, aut om at icam ent e, m orais?
E se a respost a a est as quest ões exigirem a crença em um a divindade, qua l da s religiões é o real fundam ent o para a m oralidade? A grande const at ação é que ao olharse o quadro m undial dos dias de hoj e, é possível afirm ar que exist em conflit os em numero equivalente ao das religiões e pontos de vista religiosos.
A religião é um a das m ais ant igas inst it uições hum anas. Há, por exem plo, pouca evidência de que a linguagem tenha existido em tempos pré- históricos, mas temos evidências claras de que prát icas religiosas j á eram int erligadas com expressões art íst icas e de que leis ou t abus exort avam os seres hum anos daquela época a comportarem- se de cert as m aneiras. Naqueles t em pos prim ordiais a m oralidade est ava implantada nas tradições, hábitos, costumes e práticas religiosas de cada cultura.
Alem disso, a religião servia ( com o o fez at é bem recent em ent e) com o a m ais poderosa das sanções para m ant er as pessoas, m oralm ent e bem com port adas e obedient es. As sanções de recom pensa ou punição t ribal eram desprezíveis ao lado da idéia de um a punição ou recom pensa t ão grande, que poderia ser m ais t errivelm ent e dest rut iva ou m ais deliciosam ent e com pensadora do que qualquer out ra que os sim ples mortais pudessem oferecer.
Ent ret ant o, o fat o de que a religião possa t er precedido qualquer código legal form al, ou sist em a m oral separado, na hist ória da raça hum ana, ou por que possa ter fornecido sanções poderosas e efetivas, para um comportamento moral, não prova de m odo algum , que a m oralidade deva t er, necessariam ent e, um a base religiosa. Meu argum ent o é,