Moral e Ética
FACULDADE PITÁGORAS
CAMPUS MACEIÓ
ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE
CURSO: ENGENHARIAS
TEXTOS: UNIDADE: FORMAÇÃO DA MORAL OCIDENTAL
DOCENTE: Amélia Florêncio
2014.1
TEXTO 01
Debates Clássicos da Filosofia: Determinismo X Liberdade
Andre Luiz Souza Coelho
Em nossa vida cotidiana costumamos nos ver como agentes livres e responsáveis. Fazemos certas escolhas e realizamos certas ações, mas estamos certos de que, se tivéssemos querido, poderíamos ter escolhido ou agido de outra maneira. É isso que nos torna responsáveis por essas escolhas e ações: Se poderíamos ter escolhido ou agido desta ou daquela maneira, mas escolhemos ou agimos desta maneira, então o mérito ou a culpa desta escolha ou ação cabe a nós. Não faria sentido louvar ou premiar a boa escolha ou ação de quem só podia ter escolhido ou agido daquela maneira; tampouco criticar ou punir a má escolha ou ação de quem, mesmo que quisesse, não a poderia ter evitado. A liberdade é, portanto, pressuposto da responsabilidade, e sem essas noções a representação habitual que fazemos de nossa vida moral se veria esvaziada de sentido. Essa representação de nós mesmos como livres se chama indeterminismo ou doutrina da liberdade.
Porém, com o advento da moderna visão de mundo científica, passamos a representar o mundo como uma totalidade regida por leis, em que tudo que acontece é efeito de uma causa anterior e causa de um efeito posterior. O mundo passa a ser visto, então, como um lugar de absoluta necessidade, não havendo espaço para a contingência. Dado certo conjunto de leis naturais e certo fato X, Y segue-se de
X, W segue-se de Y, Z segue-se de W etc., de modo que cada fato dessa cadeia tinha necessariamente que ter acontecido como aconteceu, pois, para não ter acontecido, seria preciso ou que as leis naturais não tivessem agido ou que o fato antecendente não tivesse acontecido. Ora, se as leis naturais agem sempre e se o fato antecedente, dado o fato que o