Moral empresarial
Introdução
A atividade empresarial é vista muitas vezes pelo cidadão comum como uma realidade separada, que pouco ou nada tem a ver com aquele ideal da vida ética que parece dever orientar a vida quotidiana do homem, ideal esse recheado de bons sentimentos que nos deve levar a uma vida quase celestial de paz e fraternidade que parece nada ter a ver ou não ser compatível com a luta constante que, em resumo, parece ser a vida empresarial: luta pela produtividade, luta para conquistar o mercado, luta para competir, luta para sobreviver, luta em relação a tudo e a todos. Como se pode pensar uma relação entre esta luta constante e o viver eticamente? Até porque a ética é muitas vezes definida como a procura da vida boa ou a procura da justiça, e o que se vê, pelo menos à primeira vista, é que a luta na vida empresarial é feroz, sobrando pouco tempo para a boa vida e que, pelo menos a largos estratos da opinião pública, a justiça não parece ser a regra das relações empresariais, a não ser aquele mínimo indispensável para evitar males maiores. Quem mais pode manda, impõe, risca, levando muitas vezes a ser fácil conjugar as decisões tomadas pelo poder com as injustiças a que parece muitas vezes darem origem.
Por ser uma atividade desempenhada pelo homem econômico, tende a ser considerada como existindo num mundo à parte de tudo, pelo que não existirá pontes entre ética e empresas. Alguns pessoas pensam que a vida empresarial é amoral. Outros, pelo contrário, consideram que a vida empresarial não é exterior à vida moral, mas, como não vêem que seja possível agir no mundo empresarial honestamente, consideram que não há necessidade de fazer um paralelo, elaborar estudos ou discutir a ética empresarial uma vez que, nesse mundo, só a imoralidade é possível.
A expressão Moral Empresarial não é tão recente e o seu incremento deu-se nos anos sessenta nos Estados Unidos da América.
Duas questões podem ser levantadas. A primeira é esta: será a