Montagem Soviética
Kulechov foi o fundador da teoria da montagem. Para ele era preciso que o trabalho do cenógrafo fosse além da tradicional pintura de paineis de fundo e superasse a rigida especialização de funções.
Foi ele também que abordou um principio que foi fundamental para todo o campo de debates da escola russa: o cinema é encarado como um conjunto de signos, no qual os elementos valem por sua posição dentro da composição e não por serem registro do real. O "efeito Kulechov" foi uma prova disso.
Kulechov buscou dominar as tecnicas cinematograficas americanas, pondo-as em serviço da causa sovietica e seu cinema buscava a emoção pela vertigem e pelo envolvimento na velocidade mais do que pela indentificação piscologica sentimental.
O principal da sua produção cinematografica foi ver o cinema como linguagem, que poderia ser manipulada racionalmente. A montagem como principio de construção do cinema foi o legado deixado pora Kulechov, que veio a ser uma marca da escola soviética.
Depois da revolução
A arte de vanguarda perdeu forças com a consolidação do stalinismo e seu realismo socialista como politica oficial. A situação foi desastrosa para os artistas. Do contrutivismo Eisenstein foi o único que continuou atuando, mas depois de algum tempo sua influencia e prestigio foram aos poucos diminuindo devido à acusações de intelectualismo decadentista. Após o sucesso de seu filme Alexandre Nevski (1938), produzido em resposta às acusações que sofreu, Eisenstein reiventou-se com Ivan, o terrivel (1944 e 1958) se distanciando das vertiginosas montagens da decada de 1920, essa foi a última obra dele.
Hoje o cinema russo de 1920, segue o destino da revolução que lhe deu origem: permanece na consciência mundial como promessa sufocada de um futuro para a humanidade.