amor
Carlos Canelas
Índice
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Introdução
A Escola Americana
A Escola Soviética
Conclusão
Referências Bibliográficas
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Resumo
No presente artigo, pretendemos tecer algumas considerações acerca dos fundamentos históricos e teóricos da montagem cinematográfica, abordando os principais contributos da escola norte-americana e da escola soviética.
Palavras-chave
Cinema; Escola Norte-americana; Escola
Soviética; Montagem Cinematográfica.
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Introdução
A teoria da montagem cinematográfica permitiu distinguir duas funções principais da montagem, que, desde o século XX,
opuseram duas grandes tendências ideológicas: a montagem narrativa, desenvolvida pelos norte-americanos Edwin Porter e David
Griffith, e a montagem como produção de sentido, teorizada pela escola soviética, onde se destacaram os nomes de Lev Kulechov, Vsevolod Pudovkin, Sergei Eisenstein e Dziga Vertov (Joly, 2002).
Muito embora todos os filmes sejam montados, considera-se que a montagem propriamente dita só surgiu com a “libertação” da câmara do lugar do espectador.
Desde o surgimento do cinema, em 1895, até cerca de 1903, os filmes eram gravados a partir de um único lugar, o do espectador, e a função do técnico de montagem consistia em dispor os planos uns a seguir aos outros por ordem cronológica da história narrada (Almeida, 1990; Joly, 2002; Viveiros,
2005).
Apesar de Georges Méliès ter começado a produzir histórias mais interessantes em
França, como Cinderela em 1899 e Viagem à Lua em 1902, todos os filmes compartilhavam certas características. A montagem era inexistente ou, no melhor dos casos, mín-
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Carlos Canelas
ima, no caso de Méliès (Viveiros, 2005; Dancyger, 2006). Méliès, tendo assistido à estreia do cinema, viu nesta nova arte uma forma de explorar e