Monomito
1. Partida: momento que o herói (protagonista) aspira ao início de sua jornada.
2. Iniciação: desenvolvimento da jornada do herói que contém suas aventuras e descobertas através do caminho que percorre.
3. Retorno: momento da narrativa (ou roteiro) em que o herói volta ao ponto inicial com os poderes e conhecimentos que ganhou em sua jornada.
O estabelecimento deste tipo de estrutura pode ser encontrado no livro “O Herói de Mil Faces”, do antropólogo Joseph Campbell, considerado o criador do monomito. De acordo com Campbell, essa forma de construção narrativa é encontrada nas principais histórias da humanidade como a vida de Jesus Cristo, Buda, Osíris e Prometeu. Ambas percorrem, com algumas diferenças, o mesmo paradigma, sendo que A Odisséia, de Homero, apresenta por repetidas vezes a fase da Iniciação.
De acordo com alguns estudiosos, Campbell emprestou o termo monomito ao retirá-lo de uma obra de James Joyce, escritor de origem irlandesa. Em conjunto com Henry Morton, Campbell publicou um estudo chamado “Uma Chave Mestra para Finnegan’s Wake” (A Skeleton Key to Finnegans Wake) em que faz o empréstimo do termo monomyth do conto do de Joyce chamado Finnegan’s Wake.
Na indústria cinematográfica, a utilização do monomito pode ser encontrada na saga Star Wars, do diretor George Lucas. Christopher Vogler, executivo do mundo do cinema e roteirista de Hollywood, fez uso da teoria do monomito na criação de um memorando para os estúdios Walt Disney, que foi publicado com o nome de “A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Roteiristas”. Com esse livro, Vogler influenciou filmes infantis de grande sucesso como “Mulan” e “A Pequena Sereia”. Além disso, a estrutura foi utilizada pelos irmãos Wachowski na elaboração de “Matrix”. Segundo alguns críticos de cinema, a ideia de “Matrix” foi