Monografia Valeriana Officinalis

745 palavras 3 páginas
Valeriana officinalis L. (Valeriana) Os medicamentos fitoterápicos à base de valeriana são elaborados com os extratos aquoso ou etanólico ou com o extrato seco padronizado (LI 156) de suas raízes e rizomas. Os ensaios clínicos randomizados e controlados por placebo mostraram que a valeriana pode melhorar a qualidade do sono, diminuindo o seu tempo de latência sem produzir ressacas matinais (Leathewood et al., 1982; Lindahl; Lindwall, 1989; Gyllehaal et al., 2000; Wheatley, 2005; Bent et al., 2006). A valeriana é constituída por uma mistura complexa de componentes, sendo que os valepotriatos, o ácido valerênico, a valeranona, o GABA, a glutamina e outros compostos ainda desconhecidos, poderiam ser os responsáveis pelas atividades terapêuticas desta planta (Houghton, 1988). Os estudos in vitro mostram que a ação sedativa da valeriana é provocada por mecanismos que envolvem a transmissão GABAérgica (Leuschner; Muller; Rudmann, 1993; Santos et al., 1994a,b; Cavadas et al., 1995). O mecanismo de ação predominante deve, ainda, ser elucidado, mas é possível que haja uma interação sinérgica ou aditiva entre os vários mecanismos envolvidos nesse tipo de neurotransmissão (Spinella, 2002).
Até o momento, os ensaios clínicos desenvolvidos com a valeriana forneceram poucas informações sobre suas possíveis interações medicamentosas. Algumas literaturas (Blumenthal; Goldberg; Brinckmann, 2000; Schulz; Hänsel; Tyler, 2001) afirmam que não há interações entre medicamentos fitoterápicos elaborados com valeriana e fármacos, apesar de que alguns estudos indicam que doses excessivas dos extratos de valeriana podem reduzir a expressão das isoformas CYP3A4, CYP2D6 e CYP2C19 (Budzinski et al., 2000; Donovan et al., 2004; Lefebvre et al., 2004; Hellum; Hu; Nilsen, 2007) e, também, da glicoproteína P (Lefebvre et al., 2004). Em concentrações reduzidas, o ácido valerênico isolado inibe a expressão das isoformas CYP2C9 e CYP2C19; porém, provavelmente,

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