Plantas Medicinais
Revista Brasileira de Farmacognosia
Brazilian Journal of Pharmacognosy
18(4): 618-626, Out./Dez. 2008
Received 31 August 2008; Accepted 1 October 2008
Farmacovigilância e reações adversas às plantas medicinais e fitoterápicos: uma realidade
Patrícia Fernandes da Silveira,* Mary Anne Medeiros Bandeira, Paulo Sérgio Dourado
Arrais
Departamento de Farmácia, Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Universidade Federal do Ceará,
60430-160 Fortaleza-CE, Brasil
RESUMO: Os fitoterápicos são utilizados por automedicação ou por prescrição médica e a maior parte não tem o seu perfil tóxico bem conhecido. Atualmente estão incorporados aos vários
Programas de Fitoterapia como opção terapêutica eficaz e pouco custosa. A importância da inclusão dos fitoterápicos nos programas de farmacovigilância vem sendo reconhecida nos últimos anos por vários países da Europa, como Reino Unido e Alemanha, onde várias plantas foram submetidas à farmacovigilância e muitas delas foram retiradas do mercado devido a importantes efeitos tóxicos e risco para uso humano. O aumento no número de reações adversas reportado é possivelmente justificado pelo aumento do interesse populacional pelas terapias naturais observado nas últimas décadas. A farmacovigilância de plantas medicinais e fitoterápicos é uma preocupação emergente e através do sistema internacional será possível identificar os efeitos indesejáveis desconhecidos, quantificar os riscos e identificar os fatores de riscos e mecanismos, padronizar termos, divulgar experiências, entre outros, permitindo seu uso seguro e eficaz.
Unitermos: Farmacovigilância, reações adversas, fitoterápicos, plantas medicinais.
ABSTRACT: “Pharmacovigilance and adverse reactions to the medicinal plants and herbal drugs: a reality”. The herbal drugs are used by self-medication or by medical prescription and most of them do not have their toxic profile well know. Currently they are incorporate to the Phytotherapy
Programs as an effective and