Momentos
Quem primeiro navegou no Rio Amazonas foi o navegante e descobridor espanhol Vicente Yañez Pinzón (1461?-1514), em dezembro de 1499, partiu de Palos, à frente de quatro caravelas, com a finalidade precípua de descobrir terras e exercer a posse em nome da coroa espanhola. A 20 ou 26 de janeiro seguinte – portanto antes de Pedro Álvares Cabral ter descoberto para Portugal o Brasil. Costeando a região, Pinzón e os seus foram dar na foz do Rio Amazonas, que recebeu na época o nome de Santa Maria de la Mar Dulce.
Em 1541, o navegante e descobridor espanhol Francisco de Orellana (c. 1511-1546), a mando do conquistador espanhol Gonçalo Pizarro (c. 1502-1548) e à frente de 400 espanhóis e de 4.000 índios, partiu de Quito para explorar as terras do El dorado y la canela. A 24 de agosto de 1542, chegava Orellana à embocadura do Amazonas, sendo, portanto, o primeiro a navegar, na realidade, toda a extenção daquele curso d’água. Na viagem, relatada por frei Gaspar de Carvajal e pelo jesuíta Alonso de Rojas, é que teria ocorrido o lendário e fantasioso encontro com as amazonas, na foz do Nhamundá, o qual originou o nome do grande rio.
Houve outras expedições, ainda comandadas por espanhóis. Dessas, a mais importante foi a de Pedro de Úrsua, enviado, em 1560, pelo vice-rei do Peru, André Hurtado de Mendonça, para proceder a uma grande exploração. Contudo, desencadeou-se um motim, comandado por Lopo de Aguirre. Pedro de Úrsua foi assassinado. Em dezembro de 1561, o que restava da expedição chegou à foz do Amazonas.
Não eram, porém, apenas os espanhóis: também ingleses, holandeses e franceses, principalmente estes últimos faziam incursões em terras hoje pertencentes à Amazônia. No Pará, antes da fundação de Belém pelos portugueses, chegaram até a fundar uma aldeia em Caeté (hoje Bragança), além de dominarem completamente o Maranhão. Mas os portugueses, depois de muitas lutas, conquistaram as terras maranhenses. E partiram