molero
Molero é encarregue por Austin e Mister Deluxe, seus superiores, que se poem na pele de detectives e procuram traçar o itinerário do rapaz.
Os relatórios de Molero vão sendo lidos pelos seus superiores, ponto de partida para a multiplicação de comentários, digressões, histórias contadas pelos interlocutores, por Molero ou pelo rapaz, através da qual o leitor vai sabendo o que aconteceu ao herói, os vários países por onde foi passando, os livros que foi lendo, as mulheres que foi amando e os amigos que foi fazendo e reencontrando.
Pedaços fragmentários de uma vida que nos dão as pistas necessárias para traçar o perfil de alguém que procura um sentido para a existência.
Algumas frases antológicas de “O que diz molero”:
- “Teve uma infância estranha […] Em última análise todas as infâncias o são.”;
- “[…] há estados de espírito que não conduzem a parte alguma;
- “ […] a gente nem sabe do que as pessoas são capazes para iludirem a ausência de um sentido para a vida, para escaparem à miséria ou ao peso dos outros.”
Reacção/opinião do livro: na verdade, o título e a apresentação deste livro não me suscitam uma grande vontade de o ler, mas a medida que o fui lendo e comecei a ficar envolvido na história, devido a variedade de acontecimentos, como por exemplo: uma feira, um tropel de gente, uma festa popular de malucos e malucas, e inclusive uma cena de pancadaria entre o Ângelo e os camones.
Todos estes acontecimentos me deram vontade para ler cada vez mais este livro.
“O que diz molero” é um livro estonteante, que eu recomendo a todas as pessoas.