Moeda
A moeda é um instrumento básico para que se possa operar no mercado. Sem ela o processo de troca seria extremamente limitado. Então, a introdução da moeda, enquanto representante do valor da mercadoria, permite que a troca se desenvolva, desvinculando-a da dupla coincidência de interesses.
"Moeda" é o ativo para realizar as transações, é o que possui maior liquidez, enquanto a "Liquidez" é a capacidade de um ativo converter-se rapidamente em poder de compra, isto é, transformar-se em mercadorias.
Ao ser colocada como intermediárias das trocas, a moeda permite a separação temporal entre o ato de compra e o ato de venda. O indivíduo não é obrigado a comprar instantaneamente apenas pelo fato de ter vendido. Ele pode vender uma mercadoria hoje e só utilizar a moeda para comprar outra depois de um determinado período de tempo.
Funções da Moeda
Meio de troca: A moeda é o instrumento intermediário de aceitação geral, para ser recebido em contrapartida da cessão de um bem e entregue na aquisição de outro bem (troca indireta em vez de troca direta). Isto significa que a moeda serve para solver débitos e é um meio de pagamento geral.
Unidade de conta: Permite contabilizar ou exprimir numericamente os ativos e os passivos, os haveres e as dívidas.Esta função da moeda suscita a distinção entre preço absoluto e preço relativo. O preço absoluto é a quantidade de moeda necessária para se obter uma unidade de um bem, ou seja, é o valor expresso em moeda. O preço relativo exige que se considere dois preços absolutos, uma vez que é definido como um quociente. Assim, P1 e P2 designam os preços absolutos dos bens 1 e 2, respectivamente. P1/P2 é o preço relativo do bem 1 expresso em unidades do bem 2. Ou seja, é a quantidade de unidades do bem 2 a pagar por cada unidade do bem 1.
Reserva de valor: A moeda pode ser utilizada para acumulação de poder aquisitivo, a usar no futuro. Assim, tem subjacente o pressuposto de que um encaixe monetário pode ser utilizado no futuro.