261. História da Moeda1.1. Origem da Moeda: o Escambo e o Desenvolvimento da Atividade EconômicaOs primeiros grupos humanos, em geral nômades, não conheciam a moeda e recorriamàs trocas diretas de objetos (chamada de escambo) quando desejavam algo que não possuíam.Esses grupos, basicamente, praticavam uma exploração primitiva da natureza e sealimentavam por meio da pesca, caça e coleta de frutos. Num ambiente de pouca diversidadede produtos, o escambo era viável.O escambo apresenta alguns problemas no que se refere ao desenvolvimento dasatividades econômicas de uma maneira geral. Ele exige uma dupla coincidência de desejos,porque quem pescasse e quisesse, por exemplo, um machado, teria que achar uma outrapessoas que fabricasse machados e quisesse, exatamente, peixes. Outro problema diz respeitoà indivisibilidade dos objetos nas trocas diretas. Montoro Filho (1992) exemplifica esseproblema salientando a dificuldade que um fabricante de canoas teria se quisesse tomar umcafezinho.A primeira revolução agrícola foi modificando o sistema baseado no escambo. A vidanômade foi gradativamente cedendo lugar para sedentária e a produção passou a diversificar-se com a introdução de utensílios de trabalho. A divisão social do trabalho começa a semanifestar e os integrantes do grupo ganham funções específicas como guerreiros,agricultores, pastores, artesãos e sacerdotes Dessa maneira, a divisão do trabalho provocousensíveis mudanças na vida social. A atividade econômica tornou-se mais complexa; o numerode bens e serviços exigidos para satisfação das necessidades do grupo aumentou, porconsequência, a "dupla coincidência de desejos" torna-se mais difícil; a troca torna-sefundamental para a sobrevivência do grupo socialA partir de então, alguns bens de aceitação são eleitos como intermediários de trocas,exercendo, portanto, função de moeda.A moeda pode ser conceituada como um intermediário de trocas"que serve comomedida de valor e que tem aceitação geral. (...) esta aceitação geral