Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGSFaculdade de Cincias Econmicas - FCEDepartamento de Cincias EconmicasDisciplina de Economia Monetria I ECO 02002 2008 Textos Selecionados, Resumidos e/ou Adaptados. 1 A Moeda 1.1 A Economia de Escambo e a Economia Monetria1.2 As Funes da Moeda1.3 O Conceito, as Caractersticas e a Importncia da Moeda 1.4 A Evoluo Histrica da MoedaAnexo A Evoluo da Moeda no Brasil 1 A Moeda impossvel imaginar uma economia moderna operando sem o uso da moeda. Em uma economia primitiva, em que no h moeda, toda transao, em ambos dos seus lados, deve envolver uma troca de bens (e/ou servios). A isto chama-se economia de escambo, para cujo funcionamento essencial a dupla coincidncia de desejos entre as partes. 1.1 A Economia de Escambo e a Economia Monetria Os primeiros agrupamentos humanos, em geral nmades, sobreviveram sob padres muito primitivos de atividade econmica. Eram grupos que no conheciam a moeda e, quando recorriam a atividades de troca, realizavam trocas diretas em espcie, sob o regime de escambo. Esta forma rudimentar de relacionamento econmico seria alterada a partir da fixao de certos grupos humanos em determinadas reas, como os deltas dos rios Nilo, Tigre e Eufrates. Assim, o nomadismo foi cedendo lugar a uma forma sedentria de vida, com base econmica agrcola. Em decorrncia, a vida social e econmica nesses grupos tornou-se mais complexa, mediante o advento de funes especializadas, tais como guerreiros, agricultores, pastores, artesos e sacerdotes, desaparecendo, gradativamente, os casos, antes comuns, de auto-suficincia. Este processo de diviso do trabalho e de maior complexidade econmica, transformou a vida daqueles povos, pois a) aumentou o nmero de bens e servios exigidos para a satisfao das necessidades humanas, individuais e grupais, estimuladas pelo carter sedentrio da vida b) a dupla coincidncia de desejos, dada a maior diversificao de bens e servios, torna-se cada vez mais difcil logo, a auto-suficincia