MODO DE PRODUÇÃO E ESCOLA
No modo de produção primitiva, o homem mantinha um contato direto com a natureza e se apropriava dos bens oferecidos por ela: colhia o que precisava para o seu sustento e a para a sua reprodução. A escola formal não existia. A escola era a vida. A escola confundia-se com a vida.
O mestre era, portanto, aquele que tinha mais experiência e “ensinava” a seus filhos, aos amigos e às crianças. O método utilizado era a comunicação oral.
A escola stricto sensu nasceu na passagem do modo de produção primitivo para o modo de produção escravista. No modo de produção primitivo, os homens eram nômades. As mulheres, que não participavam da caça e da pesca, eram mais sedentárias: plantavam e cultivaram a terra.
Muitas vezes, produzia-se mais do que se podia consumir logo. Esse excedente ocasionava disputas que gradativamente criaram uma hierarquia, dando origem ao modo de produção escravista.
A escola formal nasceu no interior do modo de produção escravista; nasceu com as desigualdades e a divisão de funções sociais na sociedade. A escola foi o fruto dessa desigualdade. Por consequência surgia então o professor: aquele que era encarregado, nessa “distribuição” de tarefas, de conduzir a criança para idade adulta, através de rituais de iniciação, de cerimônias religiosas, do ensino de habilidades manuais, da expressão corporal e do desenvolvimento das artes e da cultura. Uma das tendências históricas mais instrutivas é a progressiva especialização de conteúdo, métodos, pessoal e lugar no ensino humano socialmente organizado.
Na sociedade primitiva não existia essa fragmentação de funções. Depois, começaram a ser estruturadas com regras e normas elaboradas por sacerdotes especializados, mestres e professores profissionais. A escola era reservada para os homens livres. Nasceu classista e era reservada a poucos. Ela era muito boa para os homens livres, tinha um currículo excelente, levando em conta o ideal humanista da formação do homem