Modificações sociais e culturais na república velha
Poucas sociedades do mundo atual sofreram tão profundas modificações como a sociedade brasileira neste século. Não devemos esquecer que a pouco mais de cem anos existia a escravidão no Brasil. As terras eram ocupadas por imensos latifúndios controlados por poderosos os fazendeiros que detinham todas as instâncias da autoridade. O sistema patriarcal era o dominante, havendo uma absoluta e vertical obediência ao chefe clânico, materializado, na política, pela figura do coronel.
A Igreja Católica era poderosíssima e exercia sem freios o controle da vida moral e cultural do País. Esta sociedade trazia em si profunda aversão ao trabalho manual, à máquina e às coisas modernas de uma forma geral.
A partir de 1930 este perfil socioeconômico começou a ser alterado. Surge a consciência da necessidade de industrializar o Brasil. Uma imensa siderurgia - a de Volta Redonda - é construída e inaugurada em 1945.
São Paulo torna-se um dinâmico centro industrial, um dos maiores do mundo, atraindo capitais e mão-de-obra de todas as partes. A estrutura familiar alterou-se com a industrialização e a urbanização. A casa grande da fazenda deu lugar ao moderno arranha-céu e ao edifício comercial. Uma imensa classe operária concentrou-se nas periferias das grandes cidades. Neste século a população aumentou mais de dez vezes e nossos recursos agrícolas, industriais e comerciais projetara o Brasil como a oitava potência econômica do mundo capitalista.
Hoje, mais de 70% dos brasileiros vivem nas cidades, especialmente nas grandes capitais dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Grande parte da riqueza brasileira vem do seu amplo parque industrial que produz praticamente todos os artigos de uma moderna sociedade de consumo de massa e de uma agricultura em fase de intensa mecanização voltada para a mecanização voltada para a exportação.
Modificações sociais e culturais na República Velha
O período da República Velha