Modernização
A modernização da agricultura no Brasil, por ter sido progressiva e pontual, possibilitou diferenças estruturais no espaço rural, principalmente de produção. Ou seja, os produtos mais valorizados, de exportação, permitiram um processo de modernização do país e seu crescimento econômico mais rápido ocorreu em alguns locais, considerados, à época, os principais centros econômicos.
Entretanto, o novo padrão de desenvolvimento econômico tem demonstrado exclusão do homem do campo da geração de emprego, diminuição da renda, entre outros, ocasionando consequentemente, desordem no espaço rural, decorrente da competitividade do capitalismo. Dentro de uma ótica global, a modernização agrícola nos revela que, por meio dos processos históricos, a propriedade da terra foi sendo subordinada ao capital.
As transformações rápidas e complexas da produção agrícola, implantadas no campo, e os interesses dominantes do estilo de desenvolvimento adotado provocaram resultados sociais que ameaçam a capacidade de sobrevivência das cidades e, portanto, o futuro da própria sociedade.
Uma das questões que aparece na vivência de cada um, é o conflito de valores tradicionais com os modernos, causando um sofrimento muito grande para os membros da família. Os que possuem os valores tradicionais sentem dificuldade de ampliar a escuta para o que a sociedade está propondo, que tem a ver com valores com características de descartável, de algo muito rápido, de pouca monta, de passagem, que é o oposto do que as gerações anteriores às vezes receberam ou viveram.
Numa família hoje, há comumente o convívio de quatro gerações, porque a ciência vem avançando e a longevidade está ao alcance de todos. Pode haver o saber de uma bisavó misturado com o saber de um avô, dos pais e dos filhos. Há, pois, a possibilidade de se enriquecer com esse convívio de várias gerações, evitando-se o debater ou afundar na rigidez das diferenças, que ocasiona o afastamento na família. O que é fundamental na