Modernismo português
Unidade 1
Pp. 91-108
**Conteúdo estruturante
Europa – primeiras décadas do século XX
Em Portugal…
José Malhoa,
Praia das Maçãs
… continua a vigorar a corrente naturalista.
Doc. 65, p. 91
ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
Para os naturalistas a verdade coincidia com o pior caso possível. Na viragem do século, a obsessão para revelar essa “verdade” encarnou num homem:
Manuel Laranjeira. “É preciso que alguém diga a verdade sobre nós” (…). “O mal da sociedade portuguesa é apenas este: a desagregação da personalidade coletiva, o sentimento de interesse nacional abafado na confusão caótica dos sentimentos de interesse individual”. (…)
Em 1906, Sampaio Bruno (…) refletia no facto, notado por Junqueiro e Eça, de só os Portugueses, sobretudo os “portugueses cultos”, não serem patriotas: “Se a um português se lhe perguntar qual
José Malhoa, Fado, 1910. Museu da Cidade, Lisboa. é a última nação da Europa, ele responderá logo que é Portugal.”
O conservadorismo da maioria do público consumidor de arte em Portugal (burguesia) condiciona a produção artística da época – ao comprarem um objeto artístico, preferem adquirir um valor “seguro”, ancorado em gostos ou artistas creditados.
Rui Ramos, “A segunda fundação”, in História de Portugal, vol. VI,
Círculo de Leitores, 1994
Após a implantação da República…
…os primeiros movimentos de vanguarda chegam a Portugal.
ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
Primeiro Modernismo (1911-1918)
• Mais arrojado do que o Segundo Modernismo (caráter provocatório); • Pintura: tem início com exposições livres, independentes e humoristas (a partir de 1911, em Lisboa e no Porto);
• Impulso notável com a eclosão da Primeira Guerra Mundial
(regresso de Amadeo de Souza-Cardoso, Guilherme SantaRita, Eduardo Viana, José Pacheco, Robert Delaunay, Sonia
Delaunay).
Doc. 66, p. 93
ENTRE O NATURALISMO E AS VANGUARDAS
O Primeiro Modernismo Português