Modelos mentais
O termo modelo mental surgiu em 1943, com o livro “The Nature of Explanation”, escrito pelo psicólogo escocês Kenneth Craik, o qual se referiu à expressão como sendo uma representação de elementos e situações do ambiente. O conceito de modelo mental tem sido aplicado por psicólogos e cientistas cognitivos desde os anos quarenta e, gradativamente, tem adentrado no campo da administração (SENGE, 1990).
Os modelos mentais são uma forma de percepção que as pessoas têm do mundo. Por meio dessa percepção, elas se orientam para tomar decisões. As pessoas constroem as estruturas a sua volta de acordo com o que pensam. Os comportamentos e atitudes são decorrentes do modelo mental ou da forma de pensar (SENGE, 1990). A experiência individual influencia os modelos mentais e, por isso, eles podem ser mudados. Portanto, são mutáveis, e formados em grande parte pela cultura onde o indivíduo está inserido. Geralmente pessoas de uma mesma comunidade compartilham semelhantes modelos mentais.
Modelos mentais são as crenças, imagens, e pressupostos que os indivíduos têm sobre si mesmos, seu mundo, sua organização e como se encaixam neles (HUTCHENS, 2001). Tal afirmação explica porque as pessoas tendem a resistir às mudanças. A mudança de comportamento das pessoas é uma premissa essencial para que a mudança organizacional ocorra efetivamente e com êxito.
Elementos propostos para comporem um perfil de modelo mental de sucesso
Relaciona-se e descreve-se a seguir, de forma sintética, sete elementos ou indicadores que, no entender deste ensaio, devem compor o perfil de modelos mentais que podem beneficiar e contribuir com a vida das pessoas e das organizações. Tais elementos formam um conjunto de qualidades que representam um diferencial pessoal e profissional e que, por conseqüência, constituem o diferencial organizacional. São eles: a) valores e princípios morais; b) inteligência emocional; c) pensamento complexo; d) pensamento linear ou lógico; e)