Modelo compensatório
A atual proposta da politica educacional brasileira em relação as crianças de 0 a 6 anos, encara e defende a educação pré-escolar como compensatória, atribuindo-lhe verdadeira função terapêutica para as “carências culturais” das crianças provenientes das classes sociais dominadas. Assim compreendida, a educação compensatória deveria corrigir as supostas defasagens que provocariam o fracasso das crianças. Por esse motivo, o discurso da privação cultural encontra-se presente, também, nas justificativas oficiais quanto à falência da escola do 1º Grau: a evasão e a repetência são explicadas como resultado da “falta de cultura” e de hábitos das crianças, ou seja, elas são culpabilizadas pelo fracasso.
É importante ressaltar que a abordagem da privação cultural postula a existência de uma relação direta entre o desenvolvimento da criança e sua origem sócio econômica. Assim, as causas de variação no desempenho escolar, se encontrariam na